Governo publica decretos com
Benefícios fiscais a setores produtivos
O Governo do Estado
publica esta semana no Diário Oficial do Estado (DOE) quatro decretos que
concedem benefícios fiscais a diversos setores produtivos: têxtil, lácteo,
pneumáticos e de reciclagem de papel. A assinatura dos documentos ocorreu na
sexta-feira em Taquara (30), durante a Interiorização do Governo.
Com vencimento no dia 30 de setembro, o decreto que prorroga
por mais seis meses o benefício fiscal para o setor lácteo tem por objetivo
manter o crédito fiscal presumido de ICMS de 4% na compra de leite para a
produção de derivados no Estado. De acordo com o secretário da Fazenda, Odir
Tonollier, a medida tem por objetivo dar mais competitividade a produtos do
Estado que tem o leite como matéria-prima e protege a economia local de
Estados, como Santa Catarina, que continuam concedendo crédito fiscal presumido
às saídas de produtos resultantes da industrialização de leite.
"Desta forma, evitamos que o Rio Grande do Sul fique
limitado a servir apenas como fornecedor de matéria-prima, pois a medida
beneficia pequenas e grandes empresas que processarem seus derivados dentro do
Estado, promovendo assim, a cadeia do leite", avaliou o secretário de
Estado da Fazenda, Odir Tonollier.
Cadeia produtiva da reciclagem
Decreto prorroga por um ano a redução da taxa de ICMS para as indústrias da
cadeia produtiva da reciclagem de papel, beneficiando catadores e indústria por
meio de compensação tributária para as empresas gaúchas na compra de aparas
obtidas a partir da reciclagem do papel: 17% de redução do ICMS sobre o valor
das aquisições do mês.
O benefício minimiza as dificuldades do setor papeleiro,
cuja queda do preço da celulose e, consequentemente, do preço das aparas de
papel, inviabilizou uma remuneração mínima aos coletores dos lixões. Sua
manutenção é um estímulo à industrialização de papel reciclado e também às
atividades relacionadas à cadeia produtiva de coleta de sucatas uma vez que a
reutilização de papel tem reflexos positivos nos aspectos ecológico e social.
No Rio Grande do Sul, cerca de 70 mil famílias (em sua maioria, catadores)
integram a cadeia produtiva da reciclagem e ajudam a movimentar a economia
gaúcha.
Indústrias têxteis
Mantém a redução da base de cálculo do ICMS, em valor que resulte em carga
tributária equivalente a 7%, nas saídas de mercadorias da indústria têxtil.
Prorrogado por 12 meses, o benefício valerá para saídas realizadas por
estabelecimento industrial ou comercial atacadista, desde que as mercadorias
sejam destinadas à industrialização ou comercialização pelo destinatário.
Com o decreto, que venceria no dia 30 de setembro, o Governo
do Estado equipara a carga tributária aplicada no Rio Grande do Sul com a
aplicada em outros Estados, especialmente Santa Catarina e São Paulo. Desta
forma, concede melhores condições de competitividade às empresas situadas no
Estado, promovendo o crescimento da indústria têxtil gaúcha.
A renovação de benefícios sazonais equivalentes objetiva
manter a competitividade dos produtos gaúchos e está fundamentada no art. 58 da
Lei nº 8.820, de 27/01/89 - que permite ao Poder Executivo conceder benefício
fiscal ou financeiro semelhante ao outorgado por outra unidade da Federação,
visando a proteger a economia do Estado.
Setor pneumático
Concede às indústrias do setor de pneumáticos localizadas no Rio Grande do Sul,
o adiamento do pagamento do ICMS nas importações de matérias-primas, materiais
secundários e materiais de embalagens utilizados na fabricação de pneus e
assemelhados. A medida integra o Protocolo de Intenções assinado com a empresa
Borrachas Vipal S/A, participante da empresa Fate Pneus do Brasil S/A, para a
implantação de um complexo industrial no município de Guaíba para a fabricação
de pneus.
Fonte: Sefaz RS