Tratamento Fiscal - Responsáveis Pelo Pagamento do Imposto no Estado de São Paulo

 

 

SUMÁRIO:

 

1. Do Responsável Pelo Pagamento do Imposto

2. São Também Responsáveis Pelo Pagamento do Imposto

 

 

1.DO RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DO IMPOSTO

 

São responsáveis pelo pagamento do imposto devido:

 

1) - o armazém geral ou o depositário a qualquer título:

 

a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado;

 

b) na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado;

 

c) solidariamente, no recebimento ou na saída de mercadoria sem documentação fiscal;

 

 

2) - o transportador:

 

a) em relação à mercadoria proveniente de outro Estado para entrega a destinatário incerto em território paulista;

 

b) solidariamente, em relação à mercadoria negociada durante o transporte;

 

c) solidariamente, em relação à mercadoria aceita para despacho ou transporte sem documentação fiscal;

 

d) solidariamente, em relação à mercadoria entregue a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal;

 

3)- o arrematante, em relação à saída de mercadoria objeto de arrematação judicial;

 

4)- o leiloeiro, em relação à saída de mercadoria objeto de alienação em leilão;

 

5)- solidariamente, o contribuinte que promover a saída de mercadoria sem documentação fiscal, relativamente às operações subseqüentes;

 

6)- solidariamente, aquele que não efetivar a exportação de mercadoria ou de serviço recebidos para esse fim, ainda que em decorrência de perda ou reintrodução no mercado interno;

 

7)- solidariamente, as empresas concessionárias ou permissionárias de portos e aeroportos alfandegados e de recintos alfandegados de zona primária e de zona secundária, definidos pela legislação federal, ou outro depositário a qualquer título ou outra pessoa que promova:

 

a) a remessa de mercadoria para o exterior sem documentação fiscal;

 

b) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior com destino ao mercado interno sem a apresentação da documentação fiscal ou a observância de outros requisitos regulamentares;

 

b) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior com destino ao mercado interno sem a apresentação da documentação fiscal, do comprovante de recolhimento do imposto ou de outro documento exigido pela legislação;

 

b) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior com destino ao mercado interno sem documentação fiscal ou com destino a estabelecimento diverso daquele que tiver importado, arrematado ou adquirido em licitação promovida pelo Poder Público;

 

c) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior sem as correspondentes autorizações:

 

1 - do órgão responsável pelo desembaraço;

 

2 - da Secretaria da Fazenda;

 

c) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior sem a correspondente autorização do órgão responsável pelo desembaraço;

 

d) a entrega ou remessa de mercadoria ou bem originários do exterior com destino a estabelecimento ou pessoa diversos daqueles que os tiverem importado, arrematado ou adquirido em licitação promovida pelo Poder Público.

 

8)- solidariamente, a pessoa que realizar intermediação de serviço:

 

a) com destino ao exterior sem a correspondente documentação fiscal;

 

b) iniciado ou prestado no exterior sem a correspondente documentação fiscal ou que vier a ser destinado a pessoa diversa daquela que o tiver contratado;

 

9)- solidariamente, o representante, mandatário, comissário ou gestor de negócio, em relação a operação ou prestação feitas por seu intermédio;

 

10)- a pessoa que, tendo recebido mercadoria ou serviço beneficiados com isenção ou não-incidência sob determinados requisitos, não lhes der a correta destinação ou desvirtuar suas finalidades;

 

11)- solidariamente, as pessoas que tiverem interesse comum na situação que tiver dado origem à obrigação principal;

 

12)- solidariamente, todo aquele que efetivamente concorrer para a sonegação do imposto;

 

13)- o destinatário paulista de mercadoria ou bem importados do exterior por importador de outro Estado ou do Distrito Federal e entrados fisicamente neste Estado, pelo imposto incidente no desembaraço aduaneiro e em operação subseqüente da qual decorrer a aquisição da mercadoria ou bem.

 

14)- solidariamente, as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial em ambiente virtual, com utilização de tecnologias de informação, inclusive por meio de leilões eletrônicos, em relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de prestar informações solicitadas pelo fisco;

 

15)- solidariamente, as pessoas prestadoras de serviços de tecnologia de informação, tendo por objeto o gerenciamento e controle de operações comerciais realizadas em ambiente virtual, inclusive dos respectivos meios de pagamento, em relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de prestar informações solicitadas pelo fisco;

 

16)- solidariamente, as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial de operações que envolvam remetentes de mercadorias em situação cadastral irregular perante a Secretaria da Fazenda. Presume-se ter interesse comum, para efeito do item 11, o adquirente da mercadoria ou o tomador do serviço, em operação ou prestação realizadas sem documentação fiscal.

 

§ 2º - A responsabilidade prevista no item 13 não se aplicará se o importador efetuar o pagamento, a este Estado, dos impostos ali referidos.

 

 

2. SÃO TAMBÉM RESPONSÁVEIS PELO PAGAMENTO DO IMPOSTO

 

1)- solidariamente, a pessoa natural ou jurídica, pelo débito fiscal do alienante, quando adquirir fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, na hipótese de o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

 

2)- solidariamente, a pessoa natural ou jurídica, pelo débito fiscal do alienante, até a data do ato, quando adquirir fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra denominação ou razão social ou, ainda, sob firma ou nome individual, na hipótese de o alienante prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão;

 

3)- a pessoa jurídica que resultar de fusão, transformação ou incorporação, pelo débito fiscal da pessoa jurídica fusionada, transformada ou incorporada;

 

4)- solidariamente, a pessoa jurídica que tiver absorvido patrimônio de outra em razão de cisão, total ou parcial, pelo débito fiscal da pessoa jurídica cindida, até a data do ato;

 

5)- o espólio, pelo débito fiscal do "de cujus", até a data da abertura da sucessão;

 

6)- o sócio remanescente ou seu espólio, pelo débito fiscal da pessoa jurídica extinta, quando continuar a respectiva atividade, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual;

 

7)- solidariamente, o sócio, no caso de liquidação de sociedade de pessoas, pelo débito fiscal da sociedade;

 

8)- solidariamente, o tutor ou o curador, pelo débito fiscal de seu tutelado ou curatelado;

 

9)- solidariamente, todo aquele que tiver fabricado, fornecido, instalado, cedido, alterado ou prestado serviço de manutenção a equipamentos ou dispositivos eletrônicos de controle fiscal, bem como as respectivas partes e peças, capacitando-os a fraudar o registro de operações ou prestações, pelo débito fiscal decorrente de sua utilização pelo contribuinte;

 

10)- solidariamente, todo aquele que tiver desenvolvido, licenciado, cedido, fornecido, instalado, alterado ou prestado serviço de manutenção a programas aplicativos ou ao “software” básico do equipamento Emissor de Cupom Fiscal ECF, capacitando-os a fraudar o registro de operações ou prestações, pelo débito fiscal decorrente de sua utilização pelo contribuinte;

 

11)- solidariamente, a pessoa natural, na condição de sócio ou administrador, de fato ou de direito, de pessoa jurídica, pelo débito fiscal desta última quando:

 

a) tiver praticado ato com excesso de poder ou infração de contrato social ou estatuto;

 

b) tiver praticado ato ou negócio, em infração à lei, com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, especialmente nas hipóteses de interposição fraudulenta de sociedade ou de pessoas e de estruturação fraudulenta de operações mercantis, financeiras ou de serviços;

 

c) tiver praticado ato com abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial;

 

d) o estabelecimento da pessoa jurídica tiver sido irregularmente encerrado ou desativado;

 

e) tiver concorrido para a inadimplência fraudulenta da pessoa jurídica, decorrente da contabilização irregular de bens, direitos ou valores ou da transferência destes para empresas coligadas, controladas, sócios ou interpostas pessoas;

 

f) em descumprimento a notificação, tiver deixado de identificar ou identificado incorretamente os controladores ou beneficiários de empresas de investimento sediadas no exterior, que figurem no quadro societário ou acionário de pessoa jurídica em que tenham sido constatados indícios da prática de ilícitos fiscais;

 

g) tiver promovido a ocultação ou alienação de bens e direitos da pessoa jurídica, com o propósito de obstar ou dificultar a cobrança do crédito tributário;

 

h) tiver contribuído para a pessoa jurídica incorrer em práticas lesivas ao equilíbrio concorrencial, em razão do descumprimento da obrigação principal, ou o aproveitamento de crédito fiscal indevido;

 

12)- solidariamente, a pessoa natural ou jurídica que tiver participado, de modo ativo, de organização ou associação constituída para a prática de fraude fiscal estruturada, realizada em proveito de terceiras empresas, beneficiárias de esquemas de evasão de tributos, pelos respectivos débitos fiscais.

 

Base Legal: Lei 6.374/89, arts. 8º, inciso XXV; Lei 6.374/89, art. 9º, VII, na redação da Lei 13.918/09, art. 11, II; Lei 6.374/89, art.9º, XIII, acrescentado pela Lei 13.918/09, art.12, III; Lei 6.374/89, art. 9º, XV, acrescentado pela Lei 13.918/09, art.12, III ; Lei 6.374/89, art. 10, XI, acrescentado pela Lei 13.918/09, art.12, IV; Convênio ICMS-143/02; Decreto 55.437, de 17-02-2010; DOE 18-02-2010; Efeitos a partir de 23-12-2009; Portaria CAT-59/07, de 28-06-2007  e Livro I, arts. 11 do Decr. 45.490/00 do RICMS/SP.